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Quando o samba chama |
(Paulinho da Viola) |
Quando o samba chama Ela vem, mas Se deseja e some, não Tão imprevisível, chega e logo sai Vive provocando sobressaltos no meu coração Que não tem coragem de renunciar Ao prazer de uma velha paixão O que era um sonho Pétalas no mar Logo é pura transpiração Solidão é a sombra maior entre a gente Se algum pensamento que vem não seduz O poeta declina Daquilo que ele não sente E o silêncio é o peso que ele conduz Mas se o tempo se acha no Sol do poente E do céu se retira um pedaço do azul O poeta ressurge E lança no ar a semente E reparte feliz a sua luz |
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